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O Quinto Condimento

by ESMEGMA JAZZ

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about

This text originated automatically when I spent a day alone somewhere in the outskirts of Ouagadougou, the capital of Burkina Faso, back in 2017.
I don't exactly know what it is about but I know it means a lot to me.

Original musical arrangement by João C. Lopes
jclopes.bandcamp.com

lyrics

"O produto emerge como uma lâmina
Do interior desincorporado da brisa mais inócua

Aquece a perda com o garbo bacoco
De um mosquito
Inseguro da longitude e músculo
Das novas asas não aguentarem enfrentar
O pudor-varão
D’outro sonolento
Ramadão

O cão lambe-se no escuro,
A cadela rasteja a seco e à sombra
Por debaixo do pó da espera mofenta
– No berço da serpente
A bebida é mantida amena
Com a pulsação de um relógio de soluço
– A língua
Enrola-se entre o parapeito dos lábios,
Os molares trincam-na
Assim:
Como quem maneja a buzina de um carro
Apenas estreado

E,
Para adicionar à gorjeta
Da porta branca do meu mundo atrelado,
Entreolho
Por entre as páginas
De uma linguagem de espíritos.


A bicicleta avizinha-se com apetite
E omoplatas simétricas aos olhos,
Com a sensação de folha
E morenas
Vertigens

No Outono da queda
Esvoaça até ao quarto
Cento e catorze
E deita-se na piscina de rins
Como um segredo intravenoso
No jantar de apresentação informal
Da pele
Ao suor,
Da roupa
Ao detergente,
Do sonho ao encontro,
Da escadaria de areia
Ao mergulho num deserto...
Céptico

Como
Saudades
Da tua cúpula,
Mastigo
Com a boca mais que inserida na súmula de azul
Marino-cinzento-assassino
Como um pêndulo
Num precipício
Ao alto.


Quando a solidão boia na presença
Da força, presença da lama
E na presença do luto
O refrão dá a asma ao vento
E cata libelinhas ao mistério
Da despedida de ti que não és tu,
D’ela
Que podia ser eu,
De nós sermos tendenciosos quando escrevemos mudo,
Quando parte o motor do ultimo abraço
Na esperança do seu único eco
Não ser cinza num modesto cemitério
Em grande elogio
Ao próximo ego com a cor de uma correção

Com as velas do amor solidificado
Pela paixão do presente
Na sua tímida cópula
De punho na garganta

Como as raízes de um fantasma
Sobra só uma assinatura
Na curvatura cíclica
Dos talheres, satélites,
Anéis e migalhas cósmicas que se entreolham em silêncio
Como fotografias
Quando sobrepostas ao original
Transformam-se na miragem
Do nosso medo colectivo.


Na cauda do camelo,
Na sua ponta mais
Fofa
O tom aproxima-se ao de um bocejo
De anticorpos nos caracóis da mãe porvir:
Nas mãos da sua ternura e temor,
Nas pálpebras de quem se deita feliz
E falece contente
Do usufruto que fez da própria guerra
À boleia pela falácia

É sentimento de bife
São as metáforas que deixas a descansar
Nas prateleiras da tua carteira
De animal fatal
Com sede por sodomia mental.

É bilhar de neurónios
Num recreio
De sementes com identificação fiscal
À pesca do pódio e
Assoando-se em metano
Deixamos pegadas na alma
Em esconderijos de desconhecidos
Já percorridos

Por bactérias de passadas
Lágrimas na lotaria
De toda a comparação
Ser contradição.


Beijo o coração do teu país
Como um alvo antecede a pontaria e antecipa
A derrota com o cansaço que prevalece
Sobre a doença que orbita sobre a morte
Como suspiros de memória mamífera
Em restos de certeza, subliminal

Sentado na sanita d’outrem
É como se nunca tivesse despertado
Desta deterioração de veias,
Luxúria & Trabalho
Que nos preenchem pelas dobras,
Sempre a mamar na ausência,
A santificar o registo com o nó do encalhado
Mimando-se
Com golfadas de sílabas de dor
E a paisagem a fazer-se passar por...
Realidade
De xadrez, chocolate, foda e violência com
Seu pêlo fértil a um pontapé de distância
De todo este romântico apocalipse

Meu vírus de vida em vídeo
São suspensórios de toca e foge
Onde ouço, ouço o sussurro a ressonar
Como um Altivo & Submisso,
Humildade coro em Dó,
Ela habita-me com a pressa de quem
Se observa dentro de um organismo que
Nunca aconteceu."



João Meirinhos, 2017

credits

released April 25, 2021

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ESMEGMA JAZZ Kilimanjaro, Tanzania

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